JESUS, o foco correto

Marcos 6:45 - "E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão."

Mateus 14:22 - "E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão."

João 6:14-21 - "Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.
E, quando veio a tarde, os seus discípulos desceram para o mar.
E, entrando no barco, atravessaram o mar em direção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado ao pé deles.
E o mar se levantou, porque um grande vento assoprava.
E, tendo navegado uns vinte e cinco ou trinta estádios, viram a Jesus, andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e temeram.
Mas ele lhes disse: Sou eu, não temais.
Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam."

     Nos dias da Páscoa, Herodes martiriza João Batista. Este acontecimento sinaliza o término de um ministério e o início de um novo tempo (o ministério de Jesus). Sai de cena o precursor que preparou o caminho e é introduzido Aquele que é o caminho (Jesus).

     Os dias da Páscoa estavam terminando e o povo estava voltando para casa. Jesus tentava também retirar-se para um lugar deserto, porém, a multidão o seguiu para receber cura e ouvir suas palavras. O tempo passa e a multidão precisa de comida, então Jesus multiplica pães e peixes saciando toda multidão da mesma maneira que havia sustentado o povo no deserto.

    Depois desse milagre poderoso a multidão queria fazer Jesus Rei, mas a única coroa que Ele aceitaria era a de espinho, porque o seu reino é espiritual e baseia-se na sua morte e ressurreição. Ele jamais aceitaria um reino terreno. Essa não era a sua missão e sim anunciar o reino de Deus. Nessa tarefa, Jesus prepara seus discípulos dando-lhes uma ordem para cruzarem o Mar da Galiléia para o outro lado rumo a Cafarnaum, a cidade de Pedro e Jesus.

  Não imaginavam os discípulos que viveriam uma experiência tão surpreendente nesta viagem. Jesus, porém, queria levá-los a entrar em outro nível de vida espiritual. Enquanto isso, Jesus ficou só e subiu ao monte para orar ao Pai (esse era o segredo de fazer só o que via o Pai fazer, recebia a direção sempre). A comunhão com o Pai traz direção ao ministério e a vida pessoal.

    Os discípulos seguem sozinhos atravessando o mar, porém, Jesus não os desampara, Ele intercede junto ao Pai e como veremos a seguir também se manifestará em socorro deles, uma demonstração de poder e autoridade.

     Durante a viagem o mar se revolta numa tempestade muito forte açoitando o pequeno barco dessa equipe em formação. O mar na Bíblia é símbolo das nações da terra, como também dos problemas e dificuldades que nos assolam diariamente. Os discípulos acharam que estavam sós, por isso temeram por suas vidas. O temor tira nosso foco ou nossa visão correta. Não conseguimos ver a possibilidade ou o livramento. Porém, quando eles já estavam desesperados Jesus aparece andando sobre as águas numa manifestação de poder sobrenatural, mas eles não O reconheceram.

     Pois esse nível de manifestação de Deus só se compreende e enxerga pela fé. A fé são os olhos espirituais, ela é capaz de levar-nos as grandes verdades de Deus. E faz-nos conhecer as revelações tremendas que Ele quer mostrar-nos. A fé não nos mostra somente um Jesus de Nazaré, filho de José, ela também nos revela o Rei dos reis.

    As ondas revoltas são nossas lutas e adversidades cotidianas que nos assustam e nos faz pensar que não conseguiremos chegar ao nosso objetivo ou destino, provas estas que nos debilitam pelo excesso de esforço e sacrifício para nos manter navegando. Precisamos entender que nossa luta nós não venceremos na nossa força, no nosso braço, mas no poder dessa Presença Poderosa que intervém e libera sua voz trazendo uma palavra de ordem em nosso caos. Palavra essa de autoridade, pois o Seu nome é sobre todo nome e Ele (Jesus) tem o cetro do governo sobre todas as coisas criadas.

    Este é o ensinamento que Ele passa aos seus discípulos nesse capítulo, multiplicando pães e peixes, vencendo o natural e mostrando que é Ele quem sacia nossa fome, quem acalma a tempestade mostrando que é soberano para nos levar pelo caminho, livrando e fazendo chegar em paz ao porto desejado. É Ele quem nos dá vitória sobre as provações do caminho conduzindo nossa vida.

      Quando Jesus ordena aos discípulos para atravessarem para outra margem, caía a noite e a primeira impressão que temos é que, Ele abandonou seus discípulos nessa jornada escura da noite. Mas na verdade, Ele precisava subir ao monte para estar a sós com o Pai. E na quarta vigília, ou seja, na madrugada quando a guerra acirrou, Ele se apresentou aos seus discípulos andando sobre as águas.

     Os discípulos não O reconhecem, então Pedro O questiona e, Ele prova quem é chamando a Pedro: Vem!!! Olha pra mim e anda sobre as provações, as lutas, domina sobre elas pela fé. Pedro experimenta essa vitória, vence a gravidade andando sobre as águas. Mas quando olha para o lado, tirando o foco da pessoa de Jesus, afunda vencido pela incredulidade. Mas a mão da misericórdia e do socorro, do ensino o segura e o traz de volta ao nível da fé. Essa é a função da provação, elevar o nosso nível de fé.

    O deus da incredulidade sempre vai querer fazer-nos tirar os olhos de Jesus o autor e consumador da nossa salvação. Ele sempre vai chamar nosso nome, querendo nossa atenção. Assim, que decididamente coloquemos nossos olhos em Jesus. Seguremos em Suas mãos e certamente seremos conduzidos vitoriosamente cada dia independente das circunstâncias que nos rodeie. 

    O mundo hoje grita de muitas maneiras, ouvimos a voz da crise, da violência, da incredulidade, da depressão, do desânimo, da guerra, das pestes, e tantas más notícias. São os ventos que uivam em nossos ouvidos diariamente. Mas há uma voz que supera todos esses ventos e nos diz, "tende bom ânimo, não temas, Eu estou no barco, Eu te tomo pela tua mão e te digo, não temas que eu te ajudo a chegar". 

  Essa equipe viveu e experimentou muitos ensinamentos, milagres, ressurreições e foi preparada para um grande desafio: anunciar o reino de Deus a toda terra.

     Nós estamos sendo chamados, preparados, também para anunciarmos esse poderoso reino. Não desanime e chegarão ao nível de viver o sobrenatural n'Ele que é tudo em todos. A barca deles aportou em Genesaré = jardim de Hazor, planície fértil tinha uma fonte chamada Cafarnaum, produtora de nozes, palmeiras, figueiras, oliveiras e uvas. Apesar desse território ser tão frutífero, nele havia uma multidão de enfermos que aguardava para ser curada. Jesus conduz nosso barco na direção da multidão de necessitados, essa é nossa chamada, é nossa rota.

    O espírito da enfermidade e da miséria e pobreza deve ser quem se opôs a essa chegada. Ele sempre se oporá a nós para não entrarmos nos territórios levando cura e libertação. Porém, nós também estamos de viagem para uma terra de descanso, a Canaã celestial. Mas, antes de chegarmos Deus quer usar-nos para liberar territórios, curar enfermos e principalmente fazer discípulos para Ele. Só então poderemos seguir para Cafarnaum.

    Cafarnaum – aldeia de consolação, abundância de peixes. Jesus morava em Cafarnaum, no início do seu ministério concentrou ali suas operações miraculosas. Mateus e Levi foram chamados ao ministério ali. Era para este território que estava enviando seus discípulos, terra frutífera de fonte de água e abundância de provisão.

     Se durante a nossa caminhada, mantivermos o nosso foco em Jesus, obedecendo a Sua voz, Ele nos fará ver multiplicação, milagres, conquistas de territórios, vitórias sobre as provas, além de nos levar a entrar no nível do descanso, da consolação a cada dia, sendo saciado por Ele, a  Fonte da vida. 

Pastora Heliana Jandre (Lia) - 12 da Apóstola Luciene Lima    

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